Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico causado por uma alteração cerebral que dificulta, ao indivíduo, dissociar a realidade do que é produzido por sua própria mente. Por isso, o sintoma que mais popularmente caracteriza a condição é o “ouvir vozes” – que, no relato de pacientes diagnosticados, sugerem que a pessoa faça alguma coisa para evitar um desfecho desagradável.
Aproximadamente 1% de toda a população mundial é diagnosticada com esquizofrenia em um de seus tipos, que são:
– esquizofrenia paranoide (onde predominam-se alucinações e delírios persecutórios);
– esquizofrenia heberfrênica (em que o principal ponto é um discurso desconexo);
– esquizofrenia catatônica (na qual o indivíduo passa longos períodos em posições bizarras e/ou desconfortáveis, através de resistência passiva e ativa).
O tipo mais comum – a esquizofrenia simples – não apresenta sintomas tão complexos, mas é altamente alarmante. Nela, o paciente não tem delírios, alucinações, não ouve vozes e nem se coloca em posições desconfortáveis.
Mas, em contrapartida, perde a afetividade, a vontade de sair de casa e socializar ou ao extremo da impossibilidade de convivência, que pode levar a pessoa a uma condição de sem-teto.
Vale lembrar que, ao contrário do que muita gente pensa, nem todo esquizofrênico apresenta risco social.
Cabe ao psiquiatra que dá o diagnóstico de esquizofrenia a determinação de seu protocolo de tratamento, uma vez que a terapia é, principalmente, medicamentosa.
Isso posto, o esquizofrênico deve tomar remédios por toda a vida e, nos momentos de crise, ser hospitalizado para sua segurança e dos demais.
Psicoterapia, análise, terapia e terapia eletroconvulsiva são linhas de tratamento complementares que podem ser indicadas a depender do caso.
O tipo mais comum – a esquizofrenia simples – não apresenta sintomas tão complexos, mas é altamente alarmante. Nela, o paciente não tem delírios, alucinações, não ouve vozes e nem se coloca em posições desconfortáveis.
Considerada uma psicose, a esquizofrenia pode apresentar os primeiros sintomas em qualquer idade. Contudo, eles aparecem com mais frequência após os 15 anos de idade.
Os principais sintomas da esquizofrenia são:
– delírios persecutórios;
– alucinações;
– alterações comportamentais evidentes;
– apatia;
– falta de prazer ou motivação;
depressão;
– alteração anormal de atividades motoras.
Em adolescentes os sintomas envolvem falta de vontade para socializar, queda no desempenho escolar, insônia, alteração frequente de humor, desmotivação.
Estudos comprovam que a esquizofrenia surge em decorrência de alterações cerebrais nos neurotransmissores, principalmente nos níveis de dopamina e glutamato.
Fatores de risco para a doença são: histórico familiar de esquizofrenia, exposição a toxinas e má-nutrição dentro do útero e problemas no parto, como hipóxia neonatal.
Dr. Antônio Orlandini é médico com ampla atuação em atendimento na área da saúde mental, atuou em instituições referências nacionais como o Centro de infusão de Cetamina do Instituto de Psiquiatria Paulista, onde é realizada a preceptoria da psiquiatria do Sírio-Libanês, tanto nas áreas de assistência quanto ensino e pesquisa.