Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

Transtorno Obsessivo-Compulsivo, popularmente conhecido como TOC, é a condição em que, em resposta a um quadro de ansiedade, uma pessoa apresente crises recorrentes de obsessões e compulsões. Em boa parte dos casos, as manias não têm motivo aparente – e, em todos os episódios, elas ocorrem sem que o paciente tenha escolha.

Sintomas do TOC

É comum que pessoas apresentem a necessidade de rituais compulsivos sem que seja caracterizado o transtorno, uma vez que o TOC ocorre apenas quando há um pensamento obsessivo gerando a compulsão.

Por exemplo: alguém que pega apenas as jujubas vermelhas do pacote, simplesmente porque gosta das jujubas vermelhas, não apresenta TOC. Contudo, pegar apenas as jujubas vermelhas porque a ideia de pegar as de outras cores se associa a um desfecho trágico, como “se eu comer a jujuba verde vou engasgar”, ou “se eu não comer só as vermelhas um parente pode morrer”, caracteriza claramente o transtorno.

Esse sintoma pode se apresentar de forma mais contundente em situações que envolvam:

preocupação excessiva com limpeza;
preocupação excessiva com higiene pessoal;
dificuldade de pronunciar palavras específicas;
indecisão para situações corriqueiras, como onde ir almoçar, com medo de que a escolha errada desencadeie eventos trágicos;
pensamentos agressivos de morte;
pensamentos agressivos sobre ocorrência de acidentes ou doenças graves, mesmo sem apresentar os sintomas relacionados a elas.

Causas do TOC

Não há razão aparente para o surgimento de um transtorno obsessivo-compulsivo, embora exista consenso na área científica de que diversos fatores, em conjunto, podem desencadear o quadro. O desequilíbrio de serotonina na comunicação das zonas cerebrais, traumas e histórico familiar são apenas alguns deles.

Tratamento do TOC

Por ser considerada, muitas vezes, apenas uma “mania” da pessoa, o transtorno obsessivo-compulsivo pode levar anos para ser diagnosticado. Quando ocorre, o psiquiatra pode sugerir protocolos medicamentosos ou não-medicamentosos.

Na terapia por medicamentos é possível tratar o TOC com antidepressivos inibidores de receptação de serotonina. Em conjunto com a terapia comportamental, acompanhada por um psicólogo, a importância dos rituais pode diminuir a ponto de dar, ao indivíduo e à sua família, mais qualidade de vida.

Conheça o Dr. Antônio Orlandini

Dr. Antônio Orlandini é médico com ampla atuação em atendimento na área da saúde mental, atuou em instituições referências nacionais como o Centro de infusão de Cetamina do Instituto de Psiquiatria Paulista, onde é realizada a preceptoria da psiquiatria do Sírio-Libanês, tanto nas áreas de assistência quanto ensino e pesquisa.