O psiquiatra é o médico especialista em saúde mental que diagnostica, trata, previne e reabilita diversos distúrbios mentais, tais como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, entre outras.

A princípio, esses termos costumam assustar bastante, gerando até mesmo algum preconceito. Mas a consulta com o psiquiatra é tão necessária quanto ir ao cardiologista, por exemplo.

Fato é que, além das doenças mentais facilmente “tipificadas”, o médico psiquiatra pode acompanhar outros tipos de problemas de saúde que muita gente desconhece.

Por exemplo…

Você já ouviu falar em comportamentos compulsivos?

Os comportamentos compulsivos são hábitos adquiridos e seguidos como forma de compensação emocional, vindos de um alívio de ansiedade ou angústia. Porém, as atitudes nesse quadro são mal adaptativas, já que, por mais que proporcionem prazer momentâneo, não se adaptam ao bem estar pleno e conforto físico.

Esse comportamento se caracteriza por uma pressão interna que, em algum momento, explode e faz com que o indivíduo se sinta impelido a realizar determinada ação que inicialmente lhe dá prazer, mas que, depois, lhe provoca repulsa, mal estar e arrependimento.

Nesse contexto, muitas situações que podem ser vistas como características de uma pessoa, dependendo do grau de frequência e repetição com que ela executa a ação, pode  ser considerado um comportamento compulsivo. 

Veja, abaixo, alguns exemplos dos quadros que merecem atenção médica. 

Compras compulsivas

Quase todo mundo gosta de ir às compras de vez em quando, até mesmo para aliviar tensões. No entanto, uma pessoa é considerada compradora compulsiva quando ela começa a ter problemas pessoais, financeiros e de relacionamento por conta da necessidade de estar sempre comprando algo.

A dependência por compras costuma atingir mais as mulheres, mas não deixa de acometer homens. Em geral, o que se compra em momento de compulsão nem é utilizado.

Vício em jogos eletrônicos

Quando pensamos em vício, logo vem a associação a drogas como álcool, maconha e cocaína. Mas esse tipo de dependência não tem a ver só com substâncias químicas ingeridas pelo organismo: é uma compulsão prazerosa – e, nesse caso, pode deixar a pessoa passar horas e até dias em frente a um computador, jogando.

A compulsão por jogos pode levar a problemas muito sérios. Ficar horas a fio a frente de computador ou celular prejudica a vida pessoal e social do indivíduo, que apresenta dificuldade em sair de casa e de se relacionar com outras pessoas. Além disso, indivíduos com esse comportamento tendem a criar problemas para si mesmo e pessoas a seu redor. 

Alimentação compulsiva

Comer é muito bom e não há problema algum em, de vez em quando, darmos uma exagerada. O problema é quando a pessoa se torna incapaz de controlar o consumo – e isso tem a ver mais com os sentimentos do que com o apetite, propriamente dito. 

Assim, se está feliz, come para comemorar; se está triste, come para se consolar; se fez algo errado, come para se punir. A comida, no caso da compulsão, não é um alimento, mas uma espécie de válvula de escape. 

A alimentação compulsiva é considerada um recurso para lidar com ansiedade, solidão, medo e outros problemas. E a maioria das pessoas com esse tipo de comportamento sabe que essa atitude não é boa para saúde, mas, mesmo assim, não consegue parar. 

Essa compulsividade pode ter efeitos colaterais sérios, como obesidade mórbida, isolamento social e  depressão.

Descontrole no trabalho

É no trabalho que passamos a maior parte do dia; por isso, é comum ter um desgaste ou outro com os colegas. Contudo, quando os atritos chegam a ser frequentes e descontrolados, isso pode gerar consequências desastrosas, incluindo a perda do emprego.

Uma pessoa com esse tipo de comportamento, que “desconta” os problemas nos colegas, não consegue administrar as emoções, desenvolvendo comportamentos agressivos e, muitas vezes, temerários.

Ambientes corporativos podem ser estressantes por natureza, mas o autocontrole e o discernimento ajudam a equilibrar muitas situações de conflito. No entanto, indivíduos que não conseguem lidar com os altos e baixos no trabalho estão constantemente estressados, apresentando alterações de humor, raiva, sentimento de inveja, medo, culpa, desamparo e outras características que prejudicam o desempenho no trabalho, na vida pessoal e nos relacionamentos.

Como tratar comportamentos compulsivos

O tratamento para esses e outros tipos de comportamentos compulsivos depende muito do quadro, que varia de paciente para paciente, e da avaliação do especialista. 

O acompanhamento do paciente pode ser feito por um psicólogo que trabalha com processo cognitivo, ajudando-o na adoção de um novo padrão de comportamento, e com o psiquiatra, que, caso seja necessário, pode entrar com medicamentos como complemento à terapia.

Vale lembrar que a dosagem e o tipo de remédio a ser administrado dependem da avaliação do médico responsável por acompanhar o paciente ao longo do tratamento.

Caso tenha algum parente ou amigo que apresente sintomas de comportamento compulsivo, converse com ele sobre a possibilidade de um agendamento de consulta psiquiátrica. Quanto antes for iniciado, mais chances o tratamento tem de gerar resultados positivos. 

A clínica Dr. Antônio Orlandini está de portas abertas para conversar tirar todas as dúvidas a respeito desse assunto. Entre em contato com a gente!