A pandemia mudou a vida de todo mundo, principalmente a de quem trabalha fora de casa. É difícil adaptar uma rotina antes destinada a ir ao escritório todos os dias para um repentino modelo home office.
Em princípio a novidade agradou muita gente: dormir alguns minutos a mais, evitar o trânsito caótico dos horários de pico e ainda poder desfrutar do almoço em casa com os parentes foram atrativos interessantes. Mas não há alegria que dure para sempre e, com o passar do tempo, esse novo normal acabou se transformando em algo pesado – e com pouca ou nenhuma distinção do que é profissional ou pessoal no ambiente do lar.
Quem tem adotado o modelo home office sabe que é difícil cumprir o horário estabelecido no contrato de trabalho. Em casa a jornada profissional pode ir bem além, somada às tarefas familiares.
Como se não bastasse ter que conviver com uma crise sanitária sem precedentes, a necessidade de adaptação a esse novo formato, o convívio familiar e a necessidade de ser produtivo fora do ambiente formal de trabalho trouxeram à tona a discussão sobre a síndrome de burnout.
Entenda a síndrome de burnout
Síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão relacionada ao trabalho que afeta todas as fases da vida do indivíduo. Os sintomas podem ser muitos, proporcionando ao paciente sensação de cansaço físico, agressividade, isolamento, irritabilidade, mudança inesperada de humor, dificuldade de manter a atenção, depressão, baixa autoestima e pessimismo.
Além disso, o distúrbio pode ser manifestado fisicamente, trazendo muitas dores e problemas no dia a dia, como insônia, gastrite, dor de cabeça e nos músculos, taquicardia, suor excessivo, cansaço exacerbado e pressão alta.
Conviver com a condição de esgotamento mental não é fácil, ainda mais por conta do trabalho. Afinal, todos precisamos gerar renda para sobreviver neste mundo imerso em crises econômicas. E, para dificultar ainda mais o cenário, nos deparamos com um confinamento que já dura mais de ano, onde as rotinas profissionais e domésticas se mesclam, potencializando a exaustão e o estresse.
A boa notícia é que existem dicas para evitar o burnout e todas as dificuldades que ele causa em muitos de nós. Encontrar esse equilíbrio pode ser uma forma de evitar que a doença se agrave.
Eis algumas sugestões:
Determine horários para as suas atividades
Antes da pandemia, era um costume separar a vida pessoal do trabalho. Para tanto, tínhamos uma agenda com compromissos para o expediente e o pós-expediente, como faculdade, academia e saída com os amigos.
Por mais que as atividades tenham se alterado, já que, em muitas das vezes, os compromissos sociais foram trocados pelos afazeres domésticos, determine seu horário como se ainda estivesse na empresa. Após o término da jornada, desligue o computador e cuide da sua família, da sua casa e de você.
Gerencie relacionamentos
Por passarmos mais tempo em casa, é comum que as pessoas mais próximas pensem que estamos sempre disponíveis. É comum ouvir a clássica expressão “já que está em casa” para a solicitação de afazeres, como levar o cachorro para passear, ir ao supermercado, preparar as refeições ou aproveitar o momento para viajar. A negação dessas propostas pode gerar animosidade e conflitos nos relacionamentos.
Vale considerar que, por ser uma modalidade nova nas relações de trabalho, toda a sociedade está em fase de adaptação profissional e de convivência. É muito importante ter uma conversa franca com os familiares e esclarecer que home office não é férias; existem atividades sérias a serem realizadas.
É essencial, também, deixar claro que determinado horário do seu dia é destinado ao trabalho, mas que dará atenção a outras tarefas assim que possível. Esse tipo de atitude te desobriga a abraçar tudo e te ajuda a se concentrar nas suas prioridades.
Foco no que é mais importante!
O que mais ouvimos na pandemia são pessoas reclamando de cansaço, mesmo estando confinadas em casa. O esgotamento físico e mental não é somente em virtude de trânsito, viagem de trabalho ou intermináveis reuniões com a equipe, mas tem a ver também em focar no que é mais importante no momento.
Se você está no seu período de trabalho, concentre-se nele; nesse momento as suas atividades são mais importantes. No pós-expediente e finais de semana a prioridade precisa mudar. Afinal, esse é o momento de se dedicar à família e às suas coisas particulares.
Infelizmente, muitas pessoas querem mostrar produtividade e passam a trabalhar ininterruptamente, emendando finais de semana e feriados. Isso não é vida – e a tendência é o esgotamento mental típico da síndrome de burnout, não o aumento da capacidade produtiva.
Se você tem dificuldades físicas e emocionais por conta do excesso de trabalho e sente mudanças negativas na sua vida, talvez seja hora de procurar um médico. O estresse crônico gerado pelo enfrentamento de tarefas complexas desencadeia inúmeros problemas para a saúde.
A Clínica Dr. Antônio Orlandini está de portas abertas para atender pacientes com esse quadro clínico e oferecer apoio qualificado e humanizado. Agende sua consulta com a gente e opte pelo atendimento presencial ou teleconsulta.