Em 1974, o médico Freudenberg descobriu e descreveu a síndrome do esgotamento profissional ou síndrome de burnout. O distúrbio foi registrado no grupo 24 do CID-11 e pode ser compreendido como um mal presente na rotina de muitos profissionais da educação, assistência social, saúde, RH, bombeiros, polícia militar e agentes penitenciários.

Normalmente, trabalhadores que desempenham atividades com grande estímulo de tensão, seja emocional ou física, passando por momentos de desgaste psicológico, estão mais suscetíveis a desenvolverem o distúrbio. O estresse crônico é gerado pelo enfrentamento de tarefas complexas diariamente, desencadeando males maiores, como a síndrome de burnout.

Muitos estudos alertam sobre o fato de que o grupo mais afetado pelo esgotamento profissional é o de mulheres. Além de lidar com o desgaste profissional, é comum que as alas femininas se vejam na responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, levando jornadas duplas e estressantes de trabalho.

Principais sintomas da estafa profissional

Para detectar a presença da síndrome em um paciente, alguns fatores como o histórico e a participação da vida pessoal do colaborador no trabalho são analisados. Também, um questionário baseado na Escala Likert é empregado na consulta, avaliando as respostas pela psicometria.

Os sintomas mais comuns para identificar a síndrome de burnout são a sensação constante de cansaço físico e a adoção de atitudes que fogem da personalidade habitual da pessoa, como agressividade, isolamento, faltas injustificadas ao trabalho, irritabilidade, ansiedade, mudança inesperada de humor, dificuldade em manter atenção, baixa autoestima, depressão e pessimismo.

O distúrbio também se manifesta fisicamente, trazendo dores e situações que fogem do cotidiano do paciente, por exemplo:

  • Insônia;
  • Dor de cabeça;
  • Dores nos músculos;
  • Gastrites;
  • Crises de asma;
  • Cansaço exacerbado;
  • Pressão alta;
  • Suor excessivo;
  • Taquicardia.

Burnout tem tratamento?

Sim! Para amenizar os sintomas e buscar uma vida normal e mais calma, médicos psiquiatras tratam a síndrome de burnout com o uso de antidepressivos e sessões de psicoterapia. Exercícios físicos e momentos de descanso, como o Yoga, também são indicados para manter a saúde mental em dia, controlando o surgimento dos sintomas.

Mudar a rotina e não usar o trabalho como desculpa para deixar de ir à passeios, ver os amigos e dedicar-se à tarefas prazerosas, também é um meio de manter-se bem por mais tempo. Escolhas como essas vão além do tratamento da doença, agindo de modo preventivo.

Maneirar o consumo de álcool e demais drogas afasta a chegada de novas crises, diminuindo as chances de propensão à depressão e ansiedade, facilitando o tratamento e evitando o surgimento da síndrome. 

Também é importante saber a hora de parar e criar limites entre a vida profissional e pessoal, sem que uma afete a outra. Pense nas situações que têm incomodado o seu bem-estar físico e psicológico e, se possível, crie estratégias para realizar as tarefas de outro modo, sem que sua saúde continue em risco.

Outro ponto importante é estar atento aos comentários dos amigos e familiares. Dê ouvidos a eles quando disserem que algo não está como antes. Afinal, pessoas acometidas pelo esgotamento profissional costumam não perceber que estão passando pela situação e demoram bastante a procurar auxílio médico. 

Caso alguém tenha lhe apontando características da síndrome Burnout, procure um psicoterapeuta ou psiquiatra e apresente a situação com bastante sinceridade. Daí em diante, o profissional assumirá o caso indicando o uso de medicamentos e terapias. A Clínica Dr. Orlandini está de portas abertas para atender pacientes com quadros clínicos como esse e oferecer apoio qualificado. Oferecemos agendamentos pela internet ou telefone e possibilidade de atendimentos online pelo uso de vídeo chamadas.