É possível afirmar com tranquilidade que nada é estável nos tempos atuais. A impressão é que estamos sempre sobressaltados esperando a próxima crise. Afinal, mal saímos de uma e já entramos em outra, resultando em estresse na nossa saúde mental.
E para que não haja dúvida, o ano de 2020 chegou como um terremoto, abalando a saúde mental de crianças, jovens e adultos. A pandemia oriunda do Covid-19 não só deixou as pessoas alertas em relação aos sintomas da doença, como se desdobrou em outros problemas, como financeiro, social, excesso de informação, cidades fechadas e o medo de não conseguir sobreviver a tudo isso.
Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e o sentimento de que vai passar, mas não se sabe quando, o estresse acaba sendo inevitável.
O que é o estresse?
O estresse nada mais é que uma resposta do nosso organismo a um estímulo que recebemos, como em situações de desconforto, frustração, medo, irritação e preocupação.
Em tempos de crise esse cenário tende a se repetir com mais frequência, fazendo com que hormônios do estresse, -adrenalina e cortisol – sejam liberados, causando alterações no humor, na saúde e qualidade de vida.
Além disso, o estresse é considerado fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças que prejudicam a saúde mental do indivíduo, como:
Depressão
A depressão é um transtorno muito associado ao estar triste. Mas essa não é a definição mais correta, já que fatos desagradáveis acontecem o tempo todo, e nem todo mundo que apresenta esse sentimento está depressivo.
O que diferencia a tristeza da depressão é a capacidade de se reerguer. Ou seja, uma pessoa com a saúde mental estável fica pra baixo por alguns dias, mas entende que é algo transitório, e logo se restabelece.
Já o paciente depressivo só consegue enxergar o lado negativo de tudo o que lhe acontece, mesmo que não haja motivo para isso. A tristeza e a falta de interesse pela vida podem surgir de repente, sem que algo “ruim” tenha engatilhado tal situação.
Além da tristeza e desânimo, a pessoa com depressão pode apresentar insônia, agitação ou apatia, fadiga, perda ou ganho de peso, baixa autoestima, sentimento de culpa e inutilidade e pensamentos suicidas em casos mais avançados.
Ansiedade
A vida da gente é cheia de altos e baixos, e isso é indiscutível. Um dia estamos calmos e alegres, em outro mais agitados e ansiosos. Mas isso não quer dizer que esteja doente, mas apenas um sinal de alerta, preparando a pessoa para uma fase difícil e desafiadora.
Dessa forma, a ansiedade “saudável”, como fazer uma prova, o dia que antecede uma cirurgia ou esperar por uma viagem que deseja muito fazer, é rapidamente superada, assim que tais situações forem vivenciadas.
Mas em tempos de crise, muitas pessoas podem experimentar reações de forma mais frequente e intensa, como enxergar perigo em tudo, comer demais, dificuldade de concentração, dor de cabeça, sudorese, falta de ar, taquicardia, entre outros. Nesse caso, a ansiedade é considerada um distúrbio que pode comprometer a saúde mental e física do paciente.
Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout, traduzido do inglês “burn” queimar e “out” exterior, é um
distúrbio emocional em que a causa principal é o excesso de trabalho. Também conhecida como Esgotamento Profissional, é caracterizada por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.
Devido a competitividade no mercado de trabalho, muitos profissionais acabam exercendo um esforço exagerado em suas atividades, deixando de lado os momentos de relaxamento e descontração.
A exaustão mental dessas pessoas acontece por causa da carga de trabalho exagerada, cobrança dos superiores, pressão e acúmulo de responsabilidades. Isso faz com que o profissional tenha dores de cabeça frequente, cansaço físico e mental, insônia, alteração de apetite, fadiga, pressão alta, dores musculares, sensação de incompetência e alteração de humor, o que pode resultar em um estado de depressão profunda.
Síndrome do pânico
A síndrome do pânico é tida como uma crise aguda de ansiedade, em que pessoas diagnosticadas com essa patologia vivenciam ataques de medo e desespero espontâneo e de forma inesperada, podendo ser desencadeada por uma ocorrência ou acontecer sem motivo aparente.
As crises ocorrem com pessoas de qualquer idade, e os episódios de pânico podem durar aproximadamente dez minutos, levando o paciente a total perda de controle, imaginando, em muitas ocasiões, que está prestes a morrer.
Pessoas que apresentam quadro de síndrome do pânico estão sempre preocupadas e com medo de algum ataque, podendo apresentar sintomas como palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, dor no peito, náuseas, tontura, sensação de formigamento ou dormência, medo de enlouquecer ou morrer.
Como vimos, o estresse impacta diretamente a nossa vida, principalmente em tempos de crise, o que nos impossibilita de exercer atividades corriqueiras e dificulta a convivência no meio social.
Dessa forma, não deixe de procurar ajuda médica. A clínica de psiquiatria Antônio Orlandini está de portas abertas para te auxiliar nesse momento difícil e delicado. E para melhor conforto dos pacientes, atendemos presencialmente ou online.
Em tempos de isolamento social, a telemedicina tem ajudado muitos pacientes, sem a necessidade de sair de casa. Agende sua consulta.
