Você já deve ter ouvido falar em transtorno de humor, situação na qual alguém passa de um período de tristeza excessiva para outro de exaltação. Essa flutuação de humor pode ser um sintoma relacionado a problemas de saúde mental.

Nem sempre as alterações emocionais ocorrem porque a pessoa teve um dia ruim, mas elas podem estar ligadas à depressão, manias ou transtornos de bipolaridade.

Entenda o transtorno de humor

O transtorno de humor, que também é chamado de transtorno afetivo, se caracteriza por episódios de euforia (mania) ou de depressão intercalados por períodos de aparente normalidade.

Ao longo dos anos, as repetições dos episódios tendem a aparecer com intervalos menores. Existem casos em que o paciente tem apenas um episódio permanente durante a vida, seja de depressão ou euforia.

Qualquer pessoa está sujeita a alterações de humor. Com a vida atribulada, é comum sair de casa de um jeito e voltar de outro. Afinal, a agitação do mundo moderno provoca oscilações emocionais, deixando as pessoas às vezes alegres, às vezes para baixo. Porém, tais comportamentos, por si só, não podem ser considerados sintomas de transtorno de humor.

As mudanças de humor, quando relacionadas à saúde mental, variam muito – e o indivíduo não consegue ter controle sobre elas. 

Em um período, o paciente está alegre, animado, falante, achando que tudo é positivo e que vai dar certo. Já os episódios de depressão são pautados por baixa autoestima, perda de interesse ou prazer, cansaço, concentração reduzida e sono irregular, entre outros.

Resumindo: pessoas que apresentam depressão ou mania sofrem de transtorno de humor unipolar, pois a alteração se concentra em apenas um polo. Já aqueles que variam entre humor e mania (uma hora triste, outra alegre) podem ser diagnosticados com transtorno bipolar.

Como o transtorno de humor pode prejudicar o convívio social

Indivíduos com transtorno de humor não controlam as suas emoções, o que pode levá-los a problemas e prejuízos nas relações familiares, de amigos e no trabalho. Isso acontece devido às inadequações comportamentais as quais essas pessoas são submetidas.

Isso quer dizer que a apatia ou euforia em excesso podem contribuir para as dificuldades das relações interpessoais e no convívio social. Em boa parte dos casos, a família costuma não entender os motivos que causaram as mudanças. 

Nos quadros de euforia, por exemplo, podem ocorrer gastos excessivos, endividamento, brigas, comportamentos inadequados em casa, no trabalho ou na escola. O humor fica exaltado, com aumento de energia desproporcional, propiciando sensações de poder, riqueza ou força exagerada e fluxo de ideias acelerado.

Resumidamente, o humor eufórico torna a pessoa mais expansiva e desinibida, falando sobre assuntos íntimos em público e com pessoas que nem conhece. Os sintomas costumam ser: 

  • Euforia exuberante e desmedida;
  • Agitação;
  • Atenção excessivamente difusa;
  • Insônia;
  • Compulsão ao falar;
  • Aumento repentino de libido;
  • Irritabilidade;
  • Comportamento agressivo;
  • Delírios e alucinações, em casos graves.

Já nos momentos de depressão, o indivíduo se sente fraco até mesmo para realizar atividades simples e corriqueiras. Os indicativos do transtorno de humor podem  apresentar:

  • Tristeza profunda;
  • Apatia;
  • Desinteresse por atividades prazerosas;
  • Isolamento social;
  • Libido baixa;
  • Esquecimentos;
  • Ideias suicidas.

Existe cura para transtorno de humor?

Antes de entrar nessa questão, é bom reforçar que não é fácil identificar uma pessoa com esse tipo de transtorno. Amigos e parentes próximos ao paciente devem manter a observação das mudanças constantes de comportamento e procurar auxílio médico o mais rápido possível.

Por apresentar vários sintomas em diferentes níveis de intensidade em cada pessoa, o transtorno de humor pode ser confundido com outras doenças. É indispensável, portanto, a consulta com um psiquiatra para precisão diagnóstica.

Infelizmente, transtorno de humor não tem cura, mas o quadro pode ser controlado, desde que diagnosticado corretamente. O médico vai monitorar o paciente e definir o melhor tratamento, incluindo prescrição de medicamentos para estabilizar o humor, dependendo do estágio.

Outro ponto importante no tratamento são as terapias. Elas são essenciais para confirmação do diagnóstico  e na compreensão dos sentimentos e pensamentos do pacientes com transtorno de humor.

Se você conhece alguém que tenha esses sintomas, não deixe de incentivar a procura por um médico especialista em saúde mental. A clínica de psiquiatria Dr. Antônio Orlandini está de portas abertas para auxiliar a família e tratar o paciente, abrindo espaço para que ele leve uma vida mais tranquila e com qualidade.

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