Se você é ansioso e está procurando dicas sobre o que fazer quando uma crise de ansiedade acontecer, está agindo conforme o esperado, certo?

Considerando que essa é uma atitude preventiva, estamos no caminho certo. Afinal, conhecer as formas de lidar com a ansiedade é uma boa estratégia para não deixar que ela afete seus objetivos de vida.

Então, vamos bater um papo rápido?

As pessoas costumam ficar ansiosas em diferentes momentos do cotidiano, como antes de uma entrevista de emprego, ao se preparar para um encontro ou no dia anterior a uma prova importante. Esse sentimento é genuíno; a resposta a eventos em que queremos conquistar bons resultados.

Porém, em níveis elevados, a ansiedade pode ser incapacitante. Nesse caso, a consideramos como um transtorno que afeta o comportamento. É por isso que você precisa trabalhar a crise de ansiedade. Então, vamos a algumas dicas práticas?

Para começar: saiba os principais sintomas da crise de ansiedade

Imagine a sequência: um evento importante se aproxima e  você se prepara para ele. Porém, à medida em que as horas passam, a sensação de insegurança, falta de controle e medo intensificam e funcionam como gatilhos ruins na sua mente. 

Isso é o ataque de ansiedade, ou de pânico, tomando conta.

Contudo, você não precisa deixar que ela chegue a esse ponto, certo? A primeira medida para evitar sua escalada é perceber suas reações e sintomas. Entre os mais comuns, estão:

  • sensação que o coração está acelerado e pulsando forte;
  • dor no peito;
  • falta de ar, sensação de respirar fundo e não conseguir preencher os pulmões;
  • suor frio e tremores;
  • náuseas e desconforto intestinal;
  • perda de apetite ou desejo de comer;
  • medo de perder o controle, falhar ou morrer;
  • sentimentos irreais ou de que está fora de si.

A crise de ansiedade pode ter início a partir de outros transtornos, como o agorafobia, que surge de acordo com o evento que está acontecendo, ou sem motivos concretos – que é um retrato do quadro de ansiedade generalizado.

Crise de ansiedade

Dica número 2 para controlar a ansiedade: não entre em pânico

A sensação de quase-morte é muito comum em crises de ansiedade – o que não ajuda em nada, né? Mas, por isso mesmo, não entrar em pânico é a primeira forma eficaz de agir durante um episódio desse tipo. A razão é simples: você não vai morrer, você não está morrendo. A sensação não condiz com a realidade. Seu corpo está funcionando bem, seu sistema está ok. Você só precisa, por ora, respirar.

É importante levar isso em consideração porque achar que estamos tendo um ataque cardíaco ou algo parecido só aumenta os níveis de estresse que potencializam a ansiedade. Espero que você não tenha sua próxima crise em breve, mas, se acontecer, respire, relaxe, pense em coisas boas e, principalmente, deixe de pensar na morte. 

Ela nos visitará algum dia, mas esse dia não é hoje. 😉

Terceira dica valiosa: diminua o ritmo da respiração

A sensação de que seus pulmões não estão dando conta do recado também é desesperadora, e muito comum em uma crise de ansiedade. Quanto mais você coloca atenção no seu peito subindo e descendo, maior o nível de desconforto que, por partes, é causado pela hiperventilação.

A dica para para controlar essa sensação e diminuir o estresse é inspirar e expirar lenta e profundamente. Você vai levar mais oxigênio ao seu cérebro e aumentar sua capacidade de concentração que vai ser importante para os passos seguintes.

Você também pode inspirar em dois tempos, como se preenchesse só metade dos pulmões e depois completasse. Nesse caso, seriam duas inspirações e uma expiração.

Esse é um exercício praticado na fisioterapia após doenças respiratórias mais graves, como uma pneumonia, e ajuda a expandir a capacidade do pulmão. Fazendo isso, também vai aumentar sua oxigenação e ajudar a normalizar seu organismo.

Outra prática essencial: relaxe os músculos

A ansiedade e o medo andam de mãos dadas e, em uma crise, é comum que você contraia seus músculos em um movimento de defesa (ou ataque).

Quando você mantém a contração por mais tempo, no entanto, a sensação de dor e desconforto se intensifica. Por isso, relaxe os músculos, de preferência depois de ter iniciado a sequência de inspiração e respiração.

Aqui vale uma dica de autoconhecimento. Algumas pessoas concentram a tensão nos ombros, outras, no abdômen, maxilar ou braços. Reflita sobre suas últimas crises e ordenar o relaxamento muscular a partir de onde você concentra mais força.

O alívio muscular, somado ao conforto respiratório vão ajudar demais, acredite!

Aliás, esse relaxamento muscular e respiratório é muito importante e pode ser feito até mesmo quando você não está em uma crise, afinal de contas, pode existir uma tensão constante que, se controlada, não vai acumular e tornar os momentos críticos ainda mais difíceis de serem administrados.

Próxima dica: busque uma distração

Na crise de ansiedade, você só vai conseguir desencadear pensamentos ruins e fatídicos sobre o que te aflige, e essa sobrecarga emocional é um verdadeiro boicote.

Isso faz com que seu sistema nervoso fique enlouquecido e sem saber o que faz com tanta adrenalina correndo pelo seu corpo. Por isso, busque uma distração para mudar o foco.

Cante uma música, converse com alguém, faça exercícios de concentração de terapias alternativas, lembre de momentos engraçados ou liste contas matemáticas para mudar o foco da sua atividade mental.

Dica de ouro: ansiedade é coisa séria!

Não subestime ou deixe que ninguém diminua seu desconforto com a ansiedade. Ela, recorrentemente, está associada a outros transtornos ou dificuldade de lidar com situações que podem se agravar.

Ali em cima eu disse que você não vai morrer em uma crise de ansiedade, mas isso não significa que não deva tomar cuidado com a frequência desse acontecimento. Afinal, a longo prazo, os picos de estresse podem, sim, ajudar no desenvolvimento de outros problemas de saúde, inclusive psicológicos. 

Por isso, nada de achar que a ansiedade é frescura e não demanda tratamento. É indispensável o acompanhamento médico em quadros de ansiedade limitante ou disparada por gatilhos emocionais específicos.

Por isso, se estiver precisando de ajuda profissional, conte com a gente. A clínica Antônio Orlandini está à disposição para consultas psiquiátricas e psicológicas presenciais. Em 2020, por causa da pandemia de COVID-19, também estamos fazendo o teleatendimento – o que pode ser útil também a pacientes de outros estados.

Para agendar seu horário, entre em contato.